domingo, 2 de março de 2008

Um post sexista e condicionado

Eu estou aqui para afirmar perante o mundo que eu posso relevar muitas coisas na vida, tolerar uma porção de gostos e atitudes diferentes da minha, mas não tolero burrice (não ignorância, uma pessoa ignorante pode aprender, um burro empaca). Há muitos tipos de burrice, como a cultural, por exemplo. Mas nada pior que a burrice sentimental e relacional. Quem tem Síndrome de Asperger tudo bem, não se sinta aqui ofendido, isso tem a ver com quem pode escolher agir e pensar maduramente quanto às relações humanas, mas não age nem pensa por puro condicionamento. Nada também pior que condicionamento social.
Estou pensando seriamente em virar lésbica. Encontrar uma garota que não fosse burra cultural seria a melhor coisa na vida. Não é só desilusão, é certeza. Porque homens eu podia achar que fossem só ignorantes, mas cada vez mais e mais fica provado pra mim que eles são antas emocionais condicionadas. Homens e seu medo de entender o ser humano - sempre tentando partir do social, mas nunca saem do ponto de partida. Homens e seu medo de se relacionar seriamente - como se gostar seriamente de um alguém por mais de alguns anos fosse cortar-lhes o pinto ou a individualidade, seja lá o que for. Homens e sua dificuldade em manter um relacionamento. Clichês levados como religião: Porque não existe homem que goste de casar e ter filhos. Não existe homem que goste apenas de uma mulher ou de outro homem. É essa a imagem social que é estimulada e estimulada e estimulada até que não há mais pra onde ir. Aí eles pensam: "sou homem? logo desisto". "Sou homem? Então gosto de futebol.", "sou homem? então quero ser livre".
E liberdade é uma coisa muito abstrata e muito traiçoeira. Você sempre será preso enquanto estiver vivo. Fugir de se comprometer com o que quer que seja, de trabalho a amigos, não é liberdade. Você será sempre um escravo enquanto tiver desejos, ir contra eles tampouco é se libertar. Liberdade, talvez, com suas limitações porque liberdade total só morrendo, liberdade é não ter medo de compactuar com as coisas que se deseja e ter toda a liberdade de agir dentro delas (ou seja: coma, mas nunca coma demais, beba mas não demais, fume mas não demais, ame mas não demais, saia mas não demais, durma mas não demais, poder dizer não quando deseja ser não, e mesmo isso nunca seguir demais à risca).
Eu não acredito que seja uma questão biológica ou individual, mas sim social. O que é ainda mais irritante, porque agir de X ou Y forma só porque a sociedade exige é tão... ¬¬. Por isso prefiro mulheres, elas, mesmo que timidamente e a passos lentíííííííííssimos, tiveram força de romper com algumas imposições feitas a elas socialmente. Os homens nunca vão se opor a sociedade. Agem como cordeirinhos como se todas as regras tivessem sido criadas por eles - e todos eles fossem iguais. Mulheres, há uma variedade incrível de atitudes e gostos. Homens, sempre tão parecidos uns com os outros que chega a ser monótono. Mesmo gosto em música e cinema, mesmo jeito de se vestir, mesmas filosofias... e ainda a interminável atitude idiota pra impressionar como se fossem alunos do primário querendo tirar um 10 com a tia bonita. Mas pra isso agem como idiotas. Tão bom ter outra mulher pra trocar olhares sarcásticos quando eles fazem isso!
Acho que sou lésbica, embora goste bastante de pinto. Sou lésbica, sempre gostei de ser só amiga dos meninos. E sempre achei lindas as meninas, tão mais rebeldes, tão mais fortes, pena que a minoria só que não é alienada cultural (a maioria nem sabe do que gosta).
Estou amarga e querendo dar um tiro em todo mundo. Por outro lado, também, amo a todos, as críticas não são pessoais, muito menos aos garotos que eu conheço há pouco tempo, estou generalizando mesmo e eu sei disso. Também sei que não é criticando os outros que eu me sobressaio, também sou cheia de defeitinhos babacas e nem sou uma conhecedora erudita.

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