quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Noturno

Há muito tenho ido dormir "cedo" com o Eros. Ele, que acordou às 7h e trabalhou ta hiper cansado, eu, cujo melhor sono vem depois das 7h estou alertíssima no horário da noite, mas forço o sono porque, afinal, casamento é abraço e dividir a cama sempre.
É sempre nesse horário da madrugada (tentando dormir em vão, ficando dolorida e nervosa de tanto forçar ficar parada pra não despertar o Eros) que planejo escrever um livro, limpar a casa, salvar o mundo das cáries. De repente a vontade, o ânimo que sempre me falta, surge, mas é tarde demais e eu forço o sono.
Hoje eu acordei às 8h, dormi muito tarde me debatendo pra alcançar o sono da noite e pensei que por causa disso iria querer dormir mais cedo hoje, junto com o Eros. Mas deu 2h da manhã e eu percebi que não tinha sono e que eu tinha a mesma vontade.
Podem dizer que o ser humano é diurno e tudo aquilo que eu cansei de ouvir da minha família me criticando numa época que eu criei hábitos noturnos, mas a verdade que eu estou disposta e alerta (e criativa!) no meio da madrugada. Quanto mais avançava a noite (3h, 4h da madrugada), mais meu cérebro trabalhava e eu escrevia textos atrás de textos atrás de textos.
Feliz ou infelizmente. E eu que vivo triste e indisposta desperdiçar isso por um costume dos outros, oras, hoje eu decidi que não, não ia. Mas a velha cobrança, chateação, xingamento por dormir de manhã e não à noite ficam me torturando.
Nesses últimos anos eu aprendi por um bom tempo a dormir durante o horário certo, acordar cedo... Mas sabe quantas vezes escrevi da forma que escrevi quando madrugava? Nenhuma.
E vejamos pelo lado positivo, se eu dormir de manhã e acordar à noite chateio muito menos gente (não chatearei a maioria que age ao contrário). Então acho benéfico tanto para mim quanto para os outros estar em off durante o dia – eu sempre estou inútil de dia mesmo, pelo menos dormindo não reclamo.

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